Foto: Redes Sociais/ Reprodução
Imagens de vídeo, feito por pessoa anônima, mostra que Geovane Maciel estava algemado e caído no chão quando recebeu dois tiros
Foi preso, na manhã desta quinta-feira (10), o policial militar Emerson Brião, 32 anos, suspeito de ser o autor do tiro que matou Geovane Matias Maciel em Bom Jesus, na região nordeste do Estado. O fato ocorreu em março deste ano, durante uma abordagem da Brigada Militar.
A prisão preventiva do PM foi decretada pela Justiça após parecer favorável do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que se manifestou no mesmo dia em que recebeu a representação da autoridade policial.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
O caso ocorreu no dia 4 de março e ganhou grande repercussão, recentemente, após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. As imagens mostram Maciel já imobilizado e algemado no momento em que foi atingido pelos tiros. Ele era suspeito de ter colocado fogo na casa da ex-companheira. A Brigada o havia abordado devido a um mandado de prisão contra ele.
O vídeo foi entregue de forma anônima às autoridades, em junho, e mudou completamente o rumo da investigação. Até então, a Polícia Civil trabalhava com a versão de que Maciel morreu ao reagir à prisão.
No primeiro inquérito, os PMs relataram que realizaram a abordagem relataram que a vítima sacou uma faca e avançou contra o policial Emerson Brião, que apresentou um colete à prova de balas com um rasgo como prova do ataque e da legítima defesa. Uma faca também foi apreendida na ocorrência. Contudo, após análise do vídeo, a investigação foi reclassificada para homicídio doloso. Laudos periciais apontaram que os dois tiros fatais foram efetuados depois que Maciel já estava rendido e imobilizado.
O policial militar foi encaminhado à uma unidade da Brigada Militar nesta quinta-feira.
O que diz a defesa
O advogado de Emerson Brião, Fábio César Rodrigues Silveira, declarou que o policial militar está colaborando com as investigações desde o início e não há motivos para a manutenção da prisão.